Entrevista
com a escritora Reni Gomes Costa
Por Ivanilde Gomes
20/08/2012
Antologia literária lançada na Bienal | - 2012 |
Reni Gomes Costa é
Tocantinense, natural de Itacajá, Licenciada em Língua Portuguesa e Literatura
Brasileira. Professora, exerce atualmente a função de Técnica de Educação de
Jovens e Adultos na Diretoria Regional de Ensino de Porto Nacional (TO).
Ivanilde
Gomes: Como foi o início de Reni Gomes
Costa na Literatura?
Reni Gomes Costa: A literatura sempre me atraiu. Acredito que o início de tudo se deu no
processo de letramento ainda em tenra idade, pois quando meus pais me contavam
histórias, eu estava sempre atenta e fazia os recontos. Meus pais, mesmo sem
muita escolaridade, eram letrados e me ajudaram muito para que eu atingisse um
bom grau de letramento ainda bem pequena. Aos 10 anos de idade já escrevia,
mais devido à cultura da época meus escritos se perderam. Constantemente
surpreendia meus professores ao escrever textos. Fiquei um período da minha
vida sem escrever, foram tempos difíceis, interrompendo também os estudos, mas
ao retornar e entrar para a faculdade, com o curso de Letras, tive professores
apaixonados pela literatura, em especial o professor Eli e a pernambucana
Glória, então todo interesse pela literatura reviveu dentro de mim. Escrevi
alguns textos nesse período, sem interesse maior, apenas para o meu bel prazer.
O ímpeto fulminante pela escrita me pegou, com desejo de edição e publicação, isso
já em 2003, época em que dava aulas no Ensino Médio, em Itacajá, minha cidade
natal, para onde retornei logo que terminei o curso superior. Comecei então a
participar de concursos literários entendendo que era uma forma de avaliar a
qualidade dos meus textos, e para minha surpresa fui laureada três vezes
consecutivas com participação nas coletâneas: Pérgula Literária VI, VII E VIII.
Fui classificada em décimo lugar no concurso do Congresso da Sociedade de
Cultura Latina no gênero conto – prêmio Euclydes Porto Campos. Recebi por duas
vezes consecutivas Diploma de Mensão Honrosa do Concurso Nacional e
Internacional de contos e poesias “poeta Nuno Álvaro Pereira. Logo depois vi no
Jornal do Tocantins o anúncio de um concurso da ABEPL ( Academia Brasileira de
Estudos e Pesquisas Literárias), então pensei: vou participar, se eu conseguir
alguma premiação nessa academia, então proseguirei na escrita. Digo que não
esperava tanto. Fiquei com medalha de prata. Então entusiasmei, continuei
escrevendo, o diretor da Revista Acadêmica me enviou convite para participar de
publicações na revista, eu aceitei, logo depois me convidou para participar de
publicação na Revista Brasília, também de circulação nacional, os convites se
sucederam e quando eu menos esperei já havia entrado no processo de concorrer a
uma vada na ABEPL. Os membros da Academia me elegeram, assumi a cadeira 14, a Academia solicitou-me a
indicação de um escritor tocantinense para patrono, eu então indiquei Amália
Hermano. A partir daí a escrita foi acontecendo com mais intensidade. Participei
da XVIII Antologia de Poetas e Escritores do Brasil, a convite do escritor e
jornalista Reis de Souza, participei também da Enciclopédia da Literatura
Brasileira Comtemporânea Volume XII 2006. Agora em 2011 alcancei a 3ª colocação
no Concurso internacional das Edições AG. Acho que falei demais, mas fiz uma
súmula da minha relação com a literatura da infância ao ano passado.
Ivanilde Gomes: O que poderia comentar sobre a participação no
lançamento da Antologia na Bienal de São Paulo?
Reni Gomes Costa: É comum as editoras ficarem atentas aos ganhadores de prêmios nos concursos
de literatura e também promoverem concursos literários. Agindo assim, a Editora
Delicatta vem realizando projetos de edições de Antologias. Como alcancei a 3ª
colocação no Concurso Internacional de Literatura das Edições AG e passei pelo
crivo da própria editora nas seleções de textos para a edição de mais esse
Projeto Literário Delicatta VII – Poesia
– Conto – Crônica, e editora então me convidou a participar, eu aceitei o
convite e pude então ter o prazer de estar no lançamento, na Bienal em São Paulo, no dia 11
desse mês, quando tive a oportunidade de trocar informações literárias com
outros escritores nacionais. Foi
extraordinário poder participar, traz-se de um evento desse,
experiências que desencadearão novas possibilidades de estilo na escrita, considerando
que é assim que evoluímos, com a troca de experiências.
Ivanilde
Gomes: Você escreve poesia, crônica e
contos, como avalia o interesse dos leitores brasileiros por estes gêneros
literários?
Reni Gomes Costa: Considero que os brasileiros têm avançado no que diz respeito a leitura,
mas ainda vejo pouco interesse no que tange aos textos poéticos, talvez por
serem textos que exigem um grau maior de leitura implícita, e maior
conhecimento dos recursos literários utilizados pelo poeta na tecitura do
texto. Vejo que as crônicas e contos curtos têm tido melhor aceitação, talvez
porque os professores gostem mais de trabalhar com esses gêneros e porque as
crônicas tratem de assuntos do cotidiano, se aproximando mais do universos de
seus leitores. Mesmo assim, o texto literário ainda não despertou o gosto de
leitores tanto quanto os livros de autoajuda têm despertado. A esperança é que
os textos literários conquistem maior espaço, a imprensa tem se esforçado e
eventos como as Bienais, Feiras Literárias e projetos que trabalham com Saraus
têm ajudado muito a despertar o gosto pela literatura.
Ivanilde
Gomes: O seu primeiro livro " O Reluzir da Alma" foi lançado no Salão do Livro,
é possível fazer uma breve sinopse dele?
Reni Gomes Costa: Os textos discorrem sobre assuntos do cotidiano e envolvem o leitor numa
atmosfera de imagens circunstanciais que o faz refletir sobre seu estado de
homem limitado às convenções sociais, mas o impulsiona, sobretudo, a viver com
a grandeza da alma, a romper com paradgmas e a buscar a essência do ser na sua
completude.
Ivanilde
Gomes: Há outros projetos em andamento?
Reni
Gomes Costa: Sim. Estou com um livro de
crônicas pronto para edição e outro de crônicas e contos em andamento. Espero
lançar o meu livro de crônicas intitulado – Sintomas do Mundo – ainda esse ano.
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